terça-feira, 31 de março de 2015

Bem debaixo do nariz

Há muito tempo deixei de rezar. Não me leve a mal, mas se tenho minhas necessidades básicas atendidas não quero ficar perturbando uma energia grandiosa com pequenas dificuldades que faço questão de pintar como tragédias incríveis.

Porém, depois que parei de rezar, percebo em minha vida e nos acontecimentos que vão montando a trama que tece meus dias, que alguma força do bem sempre me sacode quando preciso de motivação. Diante de aflições e problemas da vida material sempre encontro a solução de maneira natural e no tempo exato.

Com isso, percebi que viver por si só já é uma eterna troca da nossa energia espiritual com o Grande Espírito. Gestos, pensamentos, suspiros inspiradores ao contemplar algo belo, a gratidão que sentimos em cada respiração, ouvir uma canção que motiva; tudo isso nos conecta e nos faz participar dessa energia que nos envolve.

Assim concluí que religiões não são necessárias - não para o religare -, mas que o Grande Espírito permanece conectado a nós por meios naturais. Só precisamos estar atentos e nos manter no caminho do bem para perceber.

Hoje, minha oração é contemplar a natureza, é ouvir o amigo que passa por alguma dificuldade, é cuidar de mim e de tudo e todos que eu puder. Quando atribulações me atingem, a prece se transforma em pranto e aflição, mas sempre socorrida no momento certo, faço da gratidão a minha reza favorita.

Portanto não pense que estou aqui para criticar o religioso, mas para alertar que a verdadeira conexão entre você e o sagrado não está nos templos, mas sim em seu próprio interior.

Namastê!




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