De pensamentos, de ideias de sentir
De vocabulários, de momentos, de agir
Estou imóvel, estagnada
Cheia de limo como água parada
Asas atrofiadas
A poda diária e eu confinada
Cercada de paredes sem cor
Perdi o paladar, nada aqui tem sabor
Quando vou me libertar?
O que mais posso esperar?
Ou é melhor deixar pra lá para não me decepcionar?
E toda vez que essa incerteza bate
Eu desperto e bebo da minha consciência:
- O dissabor é só carência
Carência do grito que quer sair do peito
Alto, esgoelado, com eco e direito
Pois o que me move é mais forte que eu
E então gritar: ainda sou eu!
Sou presença, atitude,voz
Sou ação, sou capaz, veloz
Nada pode me parar:
O mundo é meu se eu posso falar
Não importa que linguagem eu vou usar
Vox
(ressurge renovada: outro nome, outra cara, multiartes)
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